segunda-feira, 2 de novembro de 2009

mostra - dia 11











Os Famosos e os Duendes da Morte, de Esmir Filho: absolutamente nada explica a badalação a esse filme, vencedor do festival do Rio e tudo o mais, a não ser um culto desnecessário ao jovem diretor que ficou famoso na internet com o vídeo "tapa na pantera". é o tempo todo um exercício de pseudo-lirismo, que irrita na câmera estranha, no uso exaustivo de demonstrações virtuais (posts em blogspot, msn, flickr, o que diabos você imaginar), como se fosse necessário tudo isso pra caracterizar o personagem como um poeta, artista, ser cult ou sabe-se lá o que. a conjunção dessa busca por uma diferenciação, do protagonista que supostamente é deslocado da sociedade, feita com câmera + diálogos, cai numa repetição que é um buraco negro de onde o filme absolutamente não se levanta mais. e fica a expressão clara de decepção. 1.5/4

Viajo Porque Preciso, Volto Porque te Amo, de Karim Ainouz e Marcelo Galvão: Filme que já traz algo incomum na linguagem, ao deixar o protagonista apenas com a voz off e fazer todos os 80 minutos em câmera subjetiva, sem que ele apareça em momento nenhum, apenas narre e uma ou outra vez converse, esta nova incursão de dois velhos conhecidos do cinema no sertão é uma poesia do início ao fim, um requiém para um amor, trazendo sentimentos e pensamentos que certamente já passaram pela cabeça de todos nós. a saudade, a desilusão, a necessidade de ter outros corpos, a lenta superação de tudo - estágios amplamente representados de forma lírica pelos diretores aqui. e a trilha sonora tem o clássico trash morango do nordeste! é uma obra-prima, e não se tem muito mais o que dizer. só vejam o filme. de preferência, com o coração apertado. 4/4

Papai foi Caçar Ptármiga, de Robert Morin: Outro filme levemente diferenciado na linguagem, já que se apresenta como um vídeo gravado por um pai para suas duas filhas, ele que está fugindo da polícia canadense e quer enviar o vídeo para as meninas entenderem a situação. É divertido, e explora muito bem essa originalidade e novidade no modo de contar a estória, apesar de ter algumas incoerências sérias (cenas de diversos angulos sendo que é um cidadão com uma câmera gravando o dia-a-dia dele, tipo, COMO ASSIM?). mas de um modo geral, vale bastante a vista, é engraçado quando precisa e assustador quando quer, bela surpresa. 2.5/4

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